Aposto que depois do último post, está todo mundo pensando que eu estou cabisbaixa por aí, reclamando da vida de artista independente. Ledo engano! Hoje estou mais serelepe do que nunca.
Como eu já disse no post anterior, é sabido que dias de calmaria se alternam aos dias de vendaval. E tenho certeza de que essa coisa toda não seria tão emocionante se não fosse esse eterno pêndulo entre sim e não. Mas nesta semana tive alguns resultados positivos que me alegraram demais. Ouso dizer que estou tão feliz hoje quanto eu me sentia no primeiro dia de gravações do disco.
A primeira grande alegria foi participar do show do Sargento Pimenta na Fundição Progresso, ao lado de taaaantos amigos! De quebra, conheci o Pedro Luis, artista que admiro demais e que é gente finíssima e me contou que ouviu o CD que eu dei pra ele e curtiu!
Afinal, no estúdio, com bastante planejamento e bons ensaios, você até consegue controlar o resultado. Mas, na hora que o disco sai por aí pra ganhar o mundo é que o bicho pega. Você tem que contar com a boa vontade e competencia de pessoas que, em sua maioria, você nunca viu na vida. (Por exemplo, apesar de eu ter um assessor de imprensa maravilhoso, não saiu nenhuma crítica do disco - todos os lançamentos de grandes gravadoras (que ainda existem) entraram na fila e passaram minha frente ne ?). E também tem que contar com o disco, porque, afinal, se o contratante não gostar do som, nada feito.
E foi na total cara de pau e confiança no meu som que eu conquistei coisas importantes. Pra começar, passei no edital do Circuito das Artes, da Secretaria de Cultura do RJ. Com o auxílio luxuoso de Drica Voivodic (uma expert nos projetos), conseguimos uma aprovação que vai patrocinar três shows no interior do estado, e vai me dar a oportunidade de voltar a São João da Barra, lugar onde meus avós se casaram e onde meu pai nasceu.
Depois, consegui dois feitos que eu considero tremendos! Marquei um show em BH em julho e um em São Paulo, em agosto. Tudo na base do telefonema corajoso e no lema "Google é meu pastor, nada me faltará". Pesquisei quais eram os lugares bacanas para me apresentar nestas cidades, passei a mão no telefone, catei o email dos produtores e mandei o material.
E qual não foi minha surpresa em ter respostas positivas dizendo: "Gostei. E aí, vamos marcar?".
Sendo eu uma artista independente, desconhecida e minha própria produtora, estes shows não são fruto da indicação do poderoso-não-sei-quem ou do conxavo e lábia do meu "produtor" pra cima de não-sei-quem-mais. O pessoal ouviu, gostou e pronto.
Nada pode ser mais reconfortante do que saber que o meu som basta para conseguir agendar shows. E hoje, com todos estes resultados tão bacanas, olho pra trás e afirmo sem sombra de dúvidas que começaria tudo outra vez. Em setembro terão sido 11 shows em 5 meses. Parece bom, né?
Agora, resta saber como o público de cada cidade que vou visitar vai reagir! Mas isto com certeza será tema de próximos posts... enquanto isso, vou me preparando para a Expedição BH !
Em breve, mando notícias.
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