Luiza e o novo disco.

Nunca pensei que fosse me sentir assim outra vez.

Depois de toda a batalha travada para gravar e lançar o primeiro disco, passei alguns meses pensando que não iria querer gravar outro tão cedo. Foi um período de muito amor, muitas realizações e também muito desgaste. É como terminar um relacionamento e sentir que vai demorar pra gente se apaixonar outra vez.

Mas, assim como Vinicius de Moraes, que era movido a paixões e acabou se casando nada mais nada menos que nove vezes, eu estou começando a perceber que sou movida pela paixão também. Só que a minha é pelo meu trabalho.

Quando o "Breve Leveza" completou seu primeiro aniversário agora em abril eu tratei de fazer o balanço de tudo que aprendi, tudo que errei e tudo que conquistei com esse primeiro disco. E o saldo foi totalmente positivo. Como eu escrevi aqui mesmo no blog, o primeiro disco é um cartão de visitas, que tem que dizer muito sobre a gente e que abre as portas para o meio profissional, o mercado de trabalho. E hoje eu vejo que graças a este primeiro CD, eu coloquei a cara no mundo e me tornei "gente grande".

Mas, inquieta que sou, comecei a sentir vontade de ter um outro trabalho, completamente diferente do primeiro. A ideia veio se construindo na minha cabeça, compus mais músicas, tenho tocado violão todos os dias, ouvi coisas novas e agora tenho a certeza absoluta: quero começar tudo de novo. 

O segundo disco pode trazer a chance de me reinventar ou pode ser o momento para me estabelecer e consolidar o que foi iniciado pelo disco de estréia. Penso em fazer um pouco dos dois. 

Apesar do repertório que tenho em mente seguir um pouco a linha do primeiro disco, a banda, arranjos, instrumentação, produção ... vai ser tudo novo! Quero ter a chance de experimentar coisas e gravar com calma, num clima mais intimista do que foi na primeira vez. Afinal, pra que fazer de novo se você pode fazer diferente?

Mas, antes de lançar este novo projeto, ainda este ano terei a chance de me despedir do "Breve Leveza", fazendo uma turnê pelo Circuito das Artes, da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Serão os três últimos shows.

E que venha o novo.