sexta-feira, 30 de março de 2012

A gente não quer só comida.

Sei que isso já foi tema de discussão aqui no blog ( no texto "Os trabalhos e o meu trabalho") mas eu gostaria de tocar de novo no assunto baseando-me em um acontecimento real ocorrido no dia de hoje.

Estava eu no Facebook (como todos os dias. Sim, eu moro no meu perfil) quando recebi uma mensagem através de uma indicação de um amigo. Na mensagem, um produtor americano me convidava para tocar violino em um clipe de uma cantora mais ou menos famosa, agenciada por uma gravadora independente renomada. Segundo ele, seriam 3h de gravação e ele não teria como pagar, mas o clipe seria exibido na televisão.

Primeiro expliquei que no momento não trabalho mais como violinista e que se ele tiver interesse em conhecer meu trabalho como cantora, seria um prazer compartilhar com ele minhas músicas e vídeos.

Depois, pensei um pouquinho e reescrevi o texto algumas vezes. Como eu já disse aqui, adoro a palavra escrita porque a gente pode burilar o texto até que ele diga exatamente o que a gente quer. Eu estava tentando não parecer mal educada na resposta - mas também estava muito preocupada em demonstrar uma posição firme sobre a questão do cachê dos músicos.
E  o que eu escrevi foi mais ou menos assim:

"Antes de contratar músicos profissionais, leve em consideração a importância do pagamento do cachê. Sendo um produtor profissional e trabalhando com uma cantora profissional, você deve saber o quanto o dinheiro é importante. Não só pelo seu valor em si mesmo, mas por ser uma forma de demonstrar consideração e respeito pelo trabalho dos profissionais que te cercam."

Acho que o recado serve pra muita gente por aí.
Músico não é mané e "aparecer na televisão" não é cachê.

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