quinta-feira, 29 de março de 2012

Você não perde por esperar.

Hoje no Facebook, minha amiga Aninha perguntou por onde eu andava que não estava mais fazendo textos aqui no blog. Demorei pra escrever porque achei que tinha acabado o assunto por enquanto. Mas foi engano meu.
Este é o único momento em todo o processo produtivo em que não há absolutamente nada que eu possa fazer pelo disco. Ele está lá na fábrica e eu aqui. A partir deste momento a metáfora que mais explica as coisas é aquela da bola lançada - seu trabalho é colocar a força exata, calcular o ângulo, dar um chute caprichado e só. O resto a bola faz sozinha.
Passei tanto tempo controlando todas as etapas do processo de produção do disco que agora nem me dei conta de que a única coisa que tenho a fazer é esperar- e é esse o assunto de hoje.

Tem sido um teste de paciência e tanto. Logo no começo da semana (quando fazia apenas três dias desde o envio do disco para a fábrica) já fiz um telefonema psicótico perguntando como estava indo o processo. São tantas histórias de discos extraviados, encomendas que não chegam no prazo e fábricas displicentes na entrega que eu sinto arrepios só de pensar! Obviamente, a pessoa simpática que me atendeu já deve estar acostumada a este tipo de músico neurótico que fica ligando com aquela clássica perguntinha: "E aí? já chegamos?".

É impossível não notar o quanto isso tudo tem de gravidez: esperar por algo que você mesmo fez e que ainda não viu.

Ao que tudo indica, estamos quase lá. A data do lançamento está marcada (24/04, no Oi Futuro de Ipanema), os discos estão na fábrica e em duas semanas começam os ensaios para o grande dia de botar minha obra primeira no mundo! 

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