quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma lição sobre limões, limonadas e caipirinhas.

Talvez este seja o post mais importante da história deste blog. Por favor, leiam com atenção e carinho.

Quando eu comecei este registro on-line que vocês lêem, eu assumi o risco de compartilhar com meu público todas as situações relacionadas à produção do meu primeiro CD.
É claro que quando eu comecei tudo isto, eu achava que o máximo de exposição que aconteceria seria algo em torno dos meus momentos de ansiedade, nada mais sério do que isso. É claro que eu achava que tudo ia dar certo e eu só teria vitórias para comemorar com meus leitores. Mas também é claro que eu estava enganada.

O caminho desta produção acabou tomando rumos muito mais tortuosos antes de reta de chegada para o lançamento. Comecei a ter problemas com a fábrica dos CDs, quanto ao prazo e quanto a imagem do produto e, como já havia virado praxe, divulguei também estes problemas aqui - porque o bom e o ruim têm que fazer parte do relato para que ele seja verdadeiro. E também para que outras pessoas aprendam alguma lição com a minha experiência.
Mas foi nesta divulgação de tudo que eu acabei metendo os pés pelas mãos. Quando as pessoas viram na vida real o resultado da impressão que eu tanto critiquei on-line, acharam que não era tão mal assim. Outras acharam que era um efeito do Photoshop... e no final das contas, se eu não tivesse dito nada, estaria tudo certo.  Eu confundi o fato de não estar como eu queria com o fato de não estar bom. E existe uma tênue linha entre o que é do nosso gosto e o que é qualidade - e mesmo que a impressão do disco tivesse ficado exatamente como eu queria, eu ainda estaria sujeita à críticas negativas de pessoas que não gostariam do resultado. Então, fica elas por elas.

Apesar de tudo, achei melhor ter compartilhado e contado a verdade do que viver a angústia do "e se alguém perceber que era pra ser outra coisa?".

Pois bem, aprendi uma lição sobre pegar os limões da vida e fazer uma limonada. Afinal, o que eu tinha como uma "impressão borrada" acabou virando uma "edição de colecionador", graças ao bom humor dos meus amigos. Depois, aprendi a fazer da limonada uma bela capirinha, ao ver que o que realmente importa é o som que está no disco - embora a imagem nos dias de hoje faça uma graaaande diferença, quem ouve no rádio não vê bolacha.

Acabei dando a discussão da borracha (a "bolacha borrada") por encerrada e vou aceitar as 900 cópias que já estão la na fábrica, prontinhas. Até porque eu tinha duas opções: gastar mais dinheiro e mais tempo para ter o CD que eu queria ou ter o CD que todos curtiram, sem gastar mais dinheiro nem mais tempo.
No final das contas, espero que essas primeiras 1000 cópias voem! E que isso tudo vire história para contar no futuro. Essa é uma tentativa manter a sinceridade sem me sacrificar pelas aparências. Sou uma artista iniciante, independente, este é meu primeiro CD e eu fiz absolutamente TUDO sozinha - é claro que algo tinha que dar errado.
A vida é assim: a gente erra, a gente aprende e não erra mais.

Em tempo, mais uma lição sobre sinceridade:

Minha avó me ligou depois de ver a capa do CD em que eu estou usando o vestido dela e disse a maior pérola de todos os tempos:
- Você nunca foi tão bonita assim! Como é que isso ficou bonito assim??

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